Tranca-te senhor!
Esconde teu semblante entre paredes,
trancado em tua casa, esperando como quem aguarda o diabo.
E canhões cercam,
E soldados intimidam.
Estas perdido agora.
-Mata-lo-ei, verme!
-Entras e destruirei cada um de teus lacaios, e quando levanteres, estarei montado em tuas costas.
Calor aumenta, a faixa de pedestre queima. E os passantes enfeitiçados.
-Procuras uma saida, vamos. Tranca-te 7 dias e 7 noites, fica no teto de tua casa, e mesmo assim não estaras abrigado.
-Oh Deus, minhas defesas caem e o homem mal agora está lá fora, esperando para entrar de madrugada e botar-me em um saco preto, maldito homem-do-saco! Maldita criança que fui, pra acreditar que isso existia.
As portas entortam. Gritos de atormentados são ouvidos por toda a sala de estar. A mesa de jantar não está pronta essa noite, não importa. Ainda assim temos visitas, e elas ficaram furiosas, quando for a hora de jantar.
-Teu soluçar é alto. E o medo transborda, larga tuas armas ao chão, guarde-as na memória, mãos pra cima, e entrega-te a mim. Tentarei ser piedoso dessa vez.
E a silhueta anda entre as chamas, maõs para cima e lágrimas nos olhos. O andar de um condenado vem até o homem de patente, uniforme militar e olhar cruel.
-De joelhos!
O Senhor tristemente ajoelha. O homem mau, se aproxima. Abaixa, e beija-lhe a face. Lágrimas caem. Poem-se em pé, meia-volta, e retorna, derrotado a sua casa suada e de portas tortas. Hora do jantar.
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